Sabemos que o ano de 2020 não tem sido fácil para o mercado de temporada, sobretudo para o mercado do Brasil: a pandemia do novo coronavírus atingiu fortemente o país e o mundo todo, impactando no volume e frequência de viagens, sobretudo de estrangeiros.
E, infelizmente, não pudemos contar com o mercado interno nem ao menos para compensar parte dessas perdas: além da Covid-19, o cenário brasileiro enfrenta forte instabilidade financeira, o que contribui ainda mais para esfriar o mercado.
Entretanto, não há motivo para pânico: embora o momento atual seja de cautela, já existe luz no fim do túnel. Algumas previsões otimistas começam a aparecer com a retomada das atividades turísticas em diversas cidades brasileiras.
Por isso, neste post reunimos algumas notícias otimistas para o mercado de temporada para 2020 e também para o próximo ano. Acompanhe e já comece a se preparar!
5 notícias otimistas do mercado de temporada para 2020
1. O turismo nacional tem potencial para acelerar a recuperação brasileira
Do ponto de vista do turismo internacional o Brasil sempre teve uma “desvantagem”: as atividades turísticas no País têm o costume de focar em viagens internas. Ou seja: os brasileiros estão mais acostumados a viajar dentro do solo brasileiro.
Mas o que antes poderia ser visto como uma desvantagem passou a ser um benefício. Conforme Felipe Marcondes, gerente do Airbnb na América Latina, em conversa com a Stays, sem precisar tanto depender do turismo exterior, o Brasil tem o potencial de se recuperar mais rapidamente das restrições causadas pela pandemia do novo coronavírus.
Para se ter uma ideia, dados do Waze apontam que haverá uma preferência por destinos nacionais no pós-pandemia. Um estudo do aplicativo de navegação colaborativa sugere que cerca de 60% dos usuários brasileiros do app devem priorizar localidades próximas e viagens de carro.
E essa não é uma tendência apenas brasileira: no mundo todo, países têm investido em seu turismo interno para garantir a retomada das atividades. De acordo com a Organização Mundial do Turismo (WTO), “uma vez que o turismo doméstico deve voltar mais rápido do que as viagens internacionais, isso representa uma oportunidade para os países desenvolvidos e em desenvolvimento se recuperarem dos impactos sociais e econômicos da pandemia Covid-19”.
A organização cita, inclusive, algumas iniciativas já adotadas por alguns países para estimular seu turismo doméstico:
- Na Itália, a iniciativa Bonus Vacanze oferece às famílias com renda de até 40 mil euros [anuais] contribuições de até 500 euros para gastar em hospedagem para turismo doméstico;
- A Malásia alocou US$ 113 milhões em vouchers de desconto em viagens, bem como redução de impostos pessoais de até US$ 227 para despesas relacionadas ao turismo doméstico;
- A Costa Rica mudou todos os feriados de 2020 e 2021 para as segundas-feiras para que os costarriquenhos aproveitem os fins de semana prolongados para viajar pelo país e estender suas estadias;
- A França lançou a campanha # CetÉtéJeVisiteLaFrance (‘Neste verão, eu visito a França’), destacando a diversidade de destinos em todo o país;
- A Argentina anunciou a criação de um Observatório de Turismo Doméstico para definir um perfil melhor dos turistas argentinos.
- A Tailândia subsidiará 5 milhões de diárias de hospedagem em hotel a 40% das diárias normais para até cinco noites.
2. Novos focos de turismo de interior devem surgir no País
Ainda de acordo com Marcondes, com a necessidade de evitar aglomerações e locais com uma grande quantidade de pessoas, outra tendência desponta no turismo brasileiro: a descoberta e locais menos conhecidos até então pelo público, principalmente menores perto de centros urbanos.
Esses lugares têm se tornado preferência para o turista brasileiro por oferecerem aquilo que grandes cidades ainda não conseguem: um ambiente isolado que se possa visitar com menores chances de concentração de pessoas e, portanto, menos probabilidade de transmissão da Covid-19. Inclusive, segundo o gerente do Airbnb na América Latina, locais como esses registraram alta nos aluguéis de temporada deste ano em relação ao ano anterior.
“Cidades do interior [de São Paulo] como Atibaia, Campinas, Ibiúna vem crescendo de forma muito forte desde o início da pandemia. E algumas dessas cidades passaram os níveis do ano passado. Quando você olha para o Rio de Janeiro, vê que desde o começo os grandes vencedores foram Petrópolis, Nova Friburgo, região serrana do Rio [de Janeiro] e região mais interior”, afirma Marcondes.
3. Os feriados têm indicado a retomada do turismo
Mas, apesar do surgindo desses focos de turismo interiorano e de isolamento, cidades costeiras e de praia também já estão percebendo uma retomada nas atividades, e o que nos sugere essa recuperação são os feriados.
Segundo Marcondes, os feriados, em especial aqueles “emendados” – sexta-feira, sábado e domingo; sábado, domingo e segunda-feira – já indicam um aumento gradativo das atividades turísticas.
E o Ministério do Turismo aponta para a mesma direção. Uma notícia recente da pasta indicava que o feriado do dia 12 de outubro de 2020 deveria movimentar 713 mil viajantes pelo país.
Conforme as informações apresentadas, “os Aeroportos Internacionais de Brasília e o Santos Dumont (RJ) serão um dos mais movimentados do país, recebendo cerca de 129 mil e 75 mil passageiros durante esses dias, respectivamente. O de Guarulhos espera um movimento 20% maior do que o registrado normalmente”.
4. Os protocolos de higiene e limpeza devem ter efeito positivo para quem os seguir
Ainda de acordo com o gerente do Airbnb na América Latina, questões de higiene e limpeza, que antes não ganhavam tanta relevância entre hóspedes, passaram a ter um peso maior no aluguel de temporada, e inclusive podem refletir no sucesso do locatário com seu imóvel.
“A mudança mais significativa é a higienização. Agora […] a nota no quesito limpeza [tem] uma relevância muito maior; aderir ao protocolo de limpeza tem uma relevância muito maior”, explica.
E isso não vale só para as hospedagens; o próprio Ministério do Turismo está dando o selo Turismo Responsável para estabelecimentos e atrações turísticas que seguem uma série de medidas de segurança estabelecidas pela pasta.
5. As reservas de último minuto tem aumentado
Se você ainda não está sentindo as reservas de seu imóvel voltando ao normal, não é preciso se desesperar: pode ser que, pelo menos por um tempo, você perceba que a quantidade de reservas de última hora estão aumentado. Conforme Marcondes, houve um crescimento de 30% nesse tipo de reserva desde o início da pandemia.
Isso acontece, em parte, porque ainda há bastante incerteza a respeito da situação e possibilidade de viagens para muitos locais, o que faz com que muitas pessoas esperem “até o último minuto” antes de fazerem uma reserva em um imóvel.
Se por um lado isso traz incerteza, por outro mostra que, mesmo com o pouco tempo que temos até o fim do ano, é possível se recuperar financeiramente, já que existe uma grande possibilidade de a demanda por reservas aumentar nesses últimos meses. Para tirar mais proveito dessa situação, não deixe de habilitar seu imóvel para reservas de último minuto e capriche nos descontos para garantir o aluguel.
6. A receita média por aluguel de imóveis de temporada tende a aumentar
Outro ponto salientado por Marcondes é que, neste ano, o tempo médio de estada em imóveis de temporada tende a ser maior. E isso pode ser uma boa notícia para quem aluga. Afinal, com os hóspedes ficando por mais tempo nos locais, diminui a possibilidade daqueles dias em que o imóvel fica parado, sem estar alugado. Além disso, esse mudança contribuir para aumentar a receita média por aluguel.
Para se ter uma ideia, um levantamento da Stays aponta que a receita média por propriedade na plataforma foi 7% maior em setembro de 2020 em comparação com o mesmo mês do ano anterior.
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Para complementar este conteúdo, sugerimos que você assista à conversa que tivemos com o Airbnb sobre como serão os próximos meses quando o assunto é aluguel de temporada.
ASSISTIR gratuitamente >>> Conversa exclusiva com Felipe Marcondes, Gerente do Airbnb na América Latina
Qual é a sua percepção a respeito da retomada das atividades no mercado de temporada em tempos de coronavírus? Você tem alguma dúvida ou sugestão? Deixe abaixo pelos comentários!