Em uma conferência da Vacation Rental Management Association em Las Vegas, nos Estados Unidos, em novembro, o vice-presidente de uma das principais Online Travel Agencies (OTA), Olivier Grémillon, anunciou mudanças específicas na operação da Booking no aluguel de temporada. De acordo com o portal Phocus Wire, foram criados novos filtros e ferramentas, que fazem com que a plataforma se aproxime ainda mais do Airbnb. A empresa vai sediar 30 eventos em outras cidades ao redor do mundo nos próximos meses para divulgar aos parceiros as novidades que o blog da Stays antecipa neste artigo.
São pelo menos cinco mudanças que prometem garantir maiores economia de tempo e controle do aluguel de temporada na Booking. Grémillon explicou que as alterações foram feitas com base no feedback de profissionais que gerenciam mais de 5,7 milhões de anúncios de casas, apartamentos e outras acomodações privadas ao redor do globo. A OTA promete continuar colhendo informações no novo ano que se aproxima para dar continuidade ao aperfeiçoamento das funcionalidades.
- Leia também: Como o número de casas administradas pela Locar-in Gramado saltou de 1 para 45 de um ano para o outro
5 mudanças da Booking no aluguel de temporada
1. Controle de quem pode reservar cada propriedade
Proprietários ou administradores do aluguel de temporada na Booking poderão, a partir de agora, pré-determinar quais viajantes poderão reservar suas acomodações. A própria OTA criou os filtros que podem ser selecionados, como apenas quem tem número de telefone confirmado ou quem já fez alguma reserva com a plataforma anteriormente. Os gestores também poderão denunciar instantaneamente a má conduta dos hóspedes e impedi-los de fazer reservas futuras.
Engana-se quem pensa que poderá escolher os visitantes com base em critérios próprios, que não aqueles pré-definidos pela plataforma, até porque a reserva instantânea continuará sendo privilegiada neste canal. Segundo o VP da Booking, esse modelo atende a uma demanda de comportamento de quem opta pelo aluguel de temporada, que prefere ter a confirmação na hora da reserva, aos moldes da hotelaria. Grémillon acrescenta que a instantaneidade garante mais reservas aos proprietários.
“Acreditamos que é o melhor dos dois mundos, porque dá controle aos anfitriões de um lado e ainda é uma experiência sem atritos no lado do hóspede, pois eles podem reservar instantaneamente qualquer propriedade que vejam. No futuro, poderão haver outros filtros. Obviamente, uma das coisas que queremos evitar é que alguns parceiros façam a filtragem com base em critérios que não necessariamente aprovamos. Então somos nós que decidimos sobre os filtros”, explicou ao portal norte-americano o representante da Booking no aluguel de temporada.
2. Comunicação com viajantes via Group Connect
A divisão da Booking no aluguel de temporada também criou um novo recurso de comunicação. Trata-se do Group Connect, que promete acelerar a comunicação com os visitantes.
Na ferramenta, que pode ser acessada pela extranet e pelo aplicativo Pulse, é possível criar modelos de mensagens para serem enviados um pouco antes da chegada dos hóspedes, por exemplo, de maneira automatizada. Esse é um aspecto importante, que dá segurança aos viajantes, mas que nem todos os administradores se dão conta.
3. Possibilidade de realizar ações em massa
Políticas de cancelamento, ofertas promocionais e regras internas da casa ou apartamento poderão ser alteradas em todas as propriedades anunciadas no Booking para aluguel de temporada de uma só vez. Pelo menos é o que promete este novo recurso anunciado recentemente, que realiza esses tipos de ação em massa. Quem utiliza um channel manager, no entanto, já pode fazer isso há mais tempo, com a diferença de as alterações serem aplicadas a todos os canais de distribuição.
4. Perfil do anfitrião e da propriedade
Desde novembro, os parceiros da Booking no aluguel de temporada podem criar no sistema uma nova página de perfil. No espaço, podem adicionar informações sobre si mesmos, suas propriedades e as localidades próximas. A funcionalidade já existe no Airbnb e é privilegiada pelos visitantes que gostam de escolher os locais onde vão se hospedar com base em uma possível afinidade com os anfitriões ou com o espaço.
5. Incentivo à oferta de experiências
Outra promessa de Grémillon aos administradores do aluguel de temporada está relacionada às experiências possíveis por meio da locação nesse formato. O vice-presidente da Booking disse que continuará a desenvolver conexões entre empresas turísticas e a Booking Holdings (que adquiriu a Fareharbor em abril).
A ideia é que a plataforma possa, em um futuro próximo, sugerir atividades aos hóspedes que reservarem uma acomodação. Não só para eles, mas para visitantes adicionais. E também listar os passeios na própria Booking, aos moldes do que já acontece com as Experiências Airbnb.
Conclusão
As mudanças anunciadas pela Booking no aluguel de temporada destacadas acima reforçam o interesse da plataforma em se consolidar nesse segmento. As novas ferramentas incentivam a profissionalização dos proprietários e administradores da locação de curta duração. Isso também é possível com a adoção de tecnologia específica para o segmento.
No ano passado, a Booking Holdings comprou empresas para fornecer software e ferramentas para seus parceiros de hóteis. Isso não vai acontecer com o aluguel de temporada, pelo menos não por enquanto, segundo Grémillon. A estratégia atual da plataforma para este mercado é a de fazer parcerias com ferramentas que os proprietários estão utilizando.
Você sabia que a Stays é parceira da Booking? Que tal experimentar a nossa ferramenta de graça por um mês? Caso tenha ficado com alguma dúvida ou tenha alguma sugestão, deixe abaixo no espaço dos comentários.
8 comentários em “Booking no aluguel de temporada: veja as 5 mudanças anunciadas pela plataforma”
Show! Nós anunciamos no Airbnb, Booking, TripAdvisor, e diversos outros sites.
Acho que quanto mais anuncios em mais sites possíveis, melhor!
Tenho meu apartamento no Airbnb.
Vivo fora do Brasil.
Liguei para o booking pedindo información para anunciar meu apartamento,e qual minha sorpresa que eu sou a que tenho que cobrar dos hóspedes.
Como vou cobrar si moro fora?
Sem falar que não nos dá nenhuma segurança…
Olá, Nara! Hoje o Booking já funciona com um modelo em que eles cobram o hóspede e depositam na sua conta. Tente se cadastrar novamente. Sucesso nas locações!
Eu aluguei , como proprietaria, no carnaval pela Booking e eles me disseram que sou vou receber o valor da locação em 15 de abril. Acho que vou para o Airbnb.
É complicado né!!
É meu querido, obrigada pelo seu “empenho” em nos manter sempre informados. O Booking ainda tem que comer muito feijão para chegar perto do Airbnb. Por exemplo: Já que recolhe pagamento, em algumas localidades, repassar ele no dia seguinte da chegada do hóspede para o anfitrião (como o Airb faz). Ficar com o dinheiro do hóspede, vamos supor de Fevereiro/2019 (data pgto da reserva) à Junho/2019 (qdo ele chegará no apto) e só repassar ao proprietário entre os dias 01 e 15 do mês seguinte a chegada (julho), é no minimo absurdo! Outro exemplo é deixar a gente “avaliar o hóspede” e não apenas nós sermos avaliados. Quer transparência, então preze por ela de ambas as partes. Eles entram sem nenhuma obrigação de “zelar pelo apto” e depois saem, sem nem ao menos a gente ter o direito de expor isso a outros anfitriões (q também podem ter problemas)…– Ah….mas a Booking trabalha também com Hotéis, não tem eles não tem separar um “filtro” para avaliação SÓ de imóveis…. Resp. Claro que tem! É só eximir os hotéis, pousadas ou hostel (enfim, qualquer um que seja estabelecimento comercial) dessa regra! Simples, assim.
Todas essas OTAs vieram do ramo hoteleiro para explorar também o mercado de locações imobiliárias no Brasil. A lei federal 8.078/90 (código do consumidor) regula as relações entre fornecedores (OTAs) e consumidores (locadores e locatários), que contratam serviços de intermediação imobiliária nos imóveis de temporada…
Porém, nenhuma dessas OTAs se submetem às leis brasileiras e nem tem registro no CRECI. Assim, fingem não saber que é a lei de locações (8.245/91) que regula a relação entre os locadores e os locatários, e não o código do consumidor. Desse modo, essas OTAs querem imputar a seus parceiros (os locadores) as responsabilidades próprias do serviço de intermediação de imóveis…
Locação não é serviço. Usar, doar, vender ou alugar uma propriedade privada não requer licença de prefeituras, que nem podem cobrar ISS de locação. Não existe relação de consumo entre locadores e locatários, apenas entre eles e a OTA, que é fornecedora do serviço de intermediação a ambos…
Portanto, locadores não precisam ser solidários com as OTAs e devolver valores pagos pelas reservas de seus imóveis – que são direitos garantidos pela lei federal das locações – sob argumento de que o código do consumidor dá ao consumidor (que na realidade é apenas locatário) o direito de arrependimento. Isso é um problema da OTA, que está, sim, sujeita ao código do consumidor…
Os proprietários de imóveis precisam fazer valer seus direitos diante dessas multinacionais e o Brasil precisa deixar de ser uma colônia…
Oi Rose!
Estivemos em um evento da Booking e eles estão trabalhando bastante no sentido de otimizar o site para locações de temporada.
Com o tempo o site deve melhorar cada vez mais.
Se você tem alguma ideia interessante, sugiro que envie para eles para ajudá-los a desenvolver o site da melhor forma, assim nós administradores / anfitriões podemos compartilhar nossa experiência com a Booking e todos saimos ganhando!